Por: Pedro Hofmeister - Tecnologia em Geral
O comércio online brasileiro não para de crescer. No primeiro semestre deste ano o e-commerce cresceu 24% em relação ao mesmo período de 2012. Os dados são do e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, que também revelou que foram realizados 34,5 milhões de pedidos por meio da internet, movimentando cerca de R$ 13 bilhões. Trata-se de um número expressivo, porém, com muito espaço para crescimento, se considerar, por exemplo, que apenas 4% das vendas são feitas online, enquanto nos EUA este número chega a 10%, de acordo com estudo realizado pela Bain & Company.
Um mercado ainda pouco explorado pelo comércio online brasileiro é a venda de seguros pela internet. De acordo com pesquisa realizada pela eMarketer, nos Estados Unidos as vendas de seguro online já representam 14% do total de vendas desse segmento. No Brasil, segundo dados apresentados no Congresso dos Corretores de Seguros realizado em 2012, este número não representa sequer 1% do total, o que demonstra o potencial de crescimento do setor no País.
Possibilidades de crescimento existem. Durante o mesmo Congresso citado acima, foi revelado que 70% dos brasileiros considerariam comprar seguros pela internet. Em outra pesquisa realizada, desta vez pela Accenture Research, foi apontado que 70% dos consumidores esperam interagir com sua seguradora por meio de dispositivos móveis. E mais: 59% dos entrevistados, especialmente os jovens, estariam dispostos a trocar de seguradora, caso não encontrassem todos os serviços desejados em seu canal preferido. E quando falamos de mercados emergentes, os consumidores estão ainda mais propensos a usar canais e produtos inovadores. Entre os consumidores pesquisados, 80% estariam interessados em comprar novas apólices de seguros por meio de dispositivos móveis, enquanto a média global é de 63%.
O crescimento da venda dos seguros pela internet não implica na diminuição da atuação dos corretores. Pelo contrário, o que ocorre é que, com maior utilização da tecnologia, o trabalho destes profissionais ganha agilidade e maior disponibilidade de informações, facilitando o seu dia-a-dia. A internet é na verdade mais uma maneira de conquistar novos negócios, assim como o telefone. Os corretores sempre protegeram seus clientes no meio físico e, com os avanços da tecnologia, passarão a atender também à demanda de proteção no meio eletrônico. Em 2012 o Google revelou que 44% dos brasileiros procuraram informações na internet antes de comprar seguros e as buscas pelo termo “seguro” no mundo virtual não pararam de crescer desde 2007.
Mas se tudo aponta para o sucesso, quais são os impeditivos que podem surgir neste processo? A seguradora AIG Brasil foi atrás dessas repostas e descobriu que a exigência de muitas informações ainda é o principal bloqueio: muitos dos questionários possuem mais de 40 perguntas que vão desde a renda até o chassi do carro. Além de o sistema ainda não ser tão prático, o consumidor tem receio de fornecer tantos dados em um website, por medo de fraudes online. Outros empecilhos, como a não utilização regular da internet e a lentidão de processamento, também são apontados como causas na demora do triunfo da comercialização online.
Esses receios enfrentados pelo mercado nacional, entretanto, já eram esperados e são considerados completamente normais. Os Estados Unidos enfrentaram as mesmas adversidades. De acordo com estudo realizado pela McKinsey, em 2003 apenas 23% dos compradores de automóveis entrevistados comprariam uma cobertura pela internet, número quase 300% menor que os 86% atuais. Quando falamos em cotas, em 2004, elas respondiam por 19 milhões de dólares e, atualmente, representam 38 milhões de dólares, um resultado 13% superior.
Além do crescimento do comércio online, o mercado segurador busca o sucesso no mundo digital, pois sabe que, por meio dele, poderá ser reconhecido mais instantaneamente no momento do contato/procura, por conseguir avisar um sinistro em menos de 30 segundos, ser informado na hora certa sobre um benefício e pela facilidade na renovação da apólice com apenas alguns cliques.
Assim como os mais tradicionais varejistas, o mercado segurador também precisa se equipar tecnologicamente, sempre buscando as mais modernas e atuais ferramentas e mídias que surgem no dia a dia. No setor, há espaço para ousar, sem deixar de considerar alguns fatores que levam as vendas de seguro online ao êxito, como sites ágeis e descomplicados, uma equipe focada no atendimento e a já conhecida – e essencial – parceria com os corretores.
Pedro Hofmeister é Gerente de Marketing Digital na AIG Brasil
O comércio online brasileiro não para de crescer. No primeiro semestre deste ano o e-commerce cresceu 24% em relação ao mesmo período de 2012. Os dados são do e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, que também revelou que foram realizados 34,5 milhões de pedidos por meio da internet, movimentando cerca de R$ 13 bilhões. Trata-se de um número expressivo, porém, com muito espaço para crescimento, se considerar, por exemplo, que apenas 4% das vendas são feitas online, enquanto nos EUA este número chega a 10%, de acordo com estudo realizado pela Bain & Company.
Um mercado ainda pouco explorado pelo comércio online brasileiro é a venda de seguros pela internet. De acordo com pesquisa realizada pela eMarketer, nos Estados Unidos as vendas de seguro online já representam 14% do total de vendas desse segmento. No Brasil, segundo dados apresentados no Congresso dos Corretores de Seguros realizado em 2012, este número não representa sequer 1% do total, o que demonstra o potencial de crescimento do setor no País.
Possibilidades de crescimento existem. Durante o mesmo Congresso citado acima, foi revelado que 70% dos brasileiros considerariam comprar seguros pela internet. Em outra pesquisa realizada, desta vez pela Accenture Research, foi apontado que 70% dos consumidores esperam interagir com sua seguradora por meio de dispositivos móveis. E mais: 59% dos entrevistados, especialmente os jovens, estariam dispostos a trocar de seguradora, caso não encontrassem todos os serviços desejados em seu canal preferido. E quando falamos de mercados emergentes, os consumidores estão ainda mais propensos a usar canais e produtos inovadores. Entre os consumidores pesquisados, 80% estariam interessados em comprar novas apólices de seguros por meio de dispositivos móveis, enquanto a média global é de 63%.
O crescimento da venda dos seguros pela internet não implica na diminuição da atuação dos corretores. Pelo contrário, o que ocorre é que, com maior utilização da tecnologia, o trabalho destes profissionais ganha agilidade e maior disponibilidade de informações, facilitando o seu dia-a-dia. A internet é na verdade mais uma maneira de conquistar novos negócios, assim como o telefone. Os corretores sempre protegeram seus clientes no meio físico e, com os avanços da tecnologia, passarão a atender também à demanda de proteção no meio eletrônico. Em 2012 o Google revelou que 44% dos brasileiros procuraram informações na internet antes de comprar seguros e as buscas pelo termo “seguro” no mundo virtual não pararam de crescer desde 2007.
Mas se tudo aponta para o sucesso, quais são os impeditivos que podem surgir neste processo? A seguradora AIG Brasil foi atrás dessas repostas e descobriu que a exigência de muitas informações ainda é o principal bloqueio: muitos dos questionários possuem mais de 40 perguntas que vão desde a renda até o chassi do carro. Além de o sistema ainda não ser tão prático, o consumidor tem receio de fornecer tantos dados em um website, por medo de fraudes online. Outros empecilhos, como a não utilização regular da internet e a lentidão de processamento, também são apontados como causas na demora do triunfo da comercialização online.
Esses receios enfrentados pelo mercado nacional, entretanto, já eram esperados e são considerados completamente normais. Os Estados Unidos enfrentaram as mesmas adversidades. De acordo com estudo realizado pela McKinsey, em 2003 apenas 23% dos compradores de automóveis entrevistados comprariam uma cobertura pela internet, número quase 300% menor que os 86% atuais. Quando falamos em cotas, em 2004, elas respondiam por 19 milhões de dólares e, atualmente, representam 38 milhões de dólares, um resultado 13% superior.
Além do crescimento do comércio online, o mercado segurador busca o sucesso no mundo digital, pois sabe que, por meio dele, poderá ser reconhecido mais instantaneamente no momento do contato/procura, por conseguir avisar um sinistro em menos de 30 segundos, ser informado na hora certa sobre um benefício e pela facilidade na renovação da apólice com apenas alguns cliques.
Assim como os mais tradicionais varejistas, o mercado segurador também precisa se equipar tecnologicamente, sempre buscando as mais modernas e atuais ferramentas e mídias que surgem no dia a dia. No setor, há espaço para ousar, sem deixar de considerar alguns fatores que levam as vendas de seguro online ao êxito, como sites ágeis e descomplicados, uma equipe focada no atendimento e a já conhecida – e essencial – parceria com os corretores.
Pedro Hofmeister é Gerente de Marketing Digital na AIG Brasil
Fonte: Press à Porter Gestão de Imagem para o blog Tecnologia em Geral
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